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A história de Ayon: o Orixá do Tambor
01/05/2016 23:21 em Um pouco de história

Ayan/Ayon o Orixá do Tambor. As religiões de matrizes africanas há tempos vêm resgatando alguns elementos que por ventura ficaram esquecidos dos meados do ano de 1830 há-te o ano atual. Orixá “ÀYÀN” orixá do tambor é um desses elementos. Observando por onde eu ando, a forma como alguns, pode chamá-los de: Ogan de tambor, abatazeiros, abatás, batedores de tambor, curimbeiros , atabaqueiros seja lá qual for à denominação que podemos chamá-los, mas algo nós chama a atenção; a preparação dessas pessoas especiais para a liturgia das religiões de matrizes africana. Assim bem como os seus segredos. Os segredos dos Tambores de Batá que é um elemento sagrado na cultura Yorubá, com rituais religiosos para sua construção, preparação e iniciação daqueles que irão tocá-lo. Os Batás sagrados são tratados como criaturas viventes, que devem ter cuidados específicos e uma variedade de regras para o seu uso.

A força espiritual contida no tambor e que o consagra e é chamado de “Ayan” ou “Ayon” O Orixá do tambor. Para que alguém possa ser iniciado para Ayan e tocar o Batá, deve cumprir rígidos rituais religiosos. No Brasil essa tradição praticamente perdeu-se, mas foi mantida na Nigéria e Benin a Terra Yorubá e em Cuba. O iniciado recebe a força espiritual necessária para tocar os tambores da forma correta, para que estes possam “falar” com os Orixás, chamando-os para as cerimônias a eles dedicadas. Ayan representa a expressão sonora das divindades; e o símbolo do tambor que serve como depositário dos poderes divinos e ele é o veiculo que Ihe da voz. A consagração de Ayan no tambor Batá e feita por meio de ritual e elementos litúrgicos sagrados, que ficam dentro do tambor, que e selado hermeticamente com as duas peles. Quando Ayan é fixado no tambor é chamado de “Eleekoto”. O ritual de consagração inclui a pintura do tambor com a assinatura de Xangô. Eleekoto e representado por uma miniatura de tambor Batá que não pode ser tocada, pois simboliza o “Ayan.”

 

FONTE: "Hamilton Santos"

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