A mulher na Umbanda tem lugar, voz e presença. Nossa fé é vivida na crença de Deus que se manifesta através de orixás masculinos e femininos. A igualdade esta presente desde os seus fundamentos, nas tarefas sacerdotais e em todas as atividades ritualísticas. Neste ambiente de diversidade e igualdade se oferece constantemente apoio para que exista qualidade de vida.
Sem a barreira do preconceito, a Umbanda desperta na mulher um processo de autoconhecimento e consequentemente de autoestima. Os traumas, as frustrações e mágoas são trabalhados com o auxílio das correntes espirituais através dos atendimentos individuais. Há oportunidade de conversa e desabafo. A mulher tem necessidade de falar e de ser ouvida. Recebe consolo, orientação, correção, em tom fraterno e solidário. Tem liberdade para expor suas emoções sem ser julgada e condenada. No encontro com as entidades conhece as histórias de sofrimento e superação. Experiências de espíritos femininos que sofreram das mesmas mazelas. Há cumplicidade, parceria oferecendo a mulher segurança, determinação e esperança. A identidade feminina é recuperada e fortalecida.
O medo é vencido pela fé e a esperança sacia a fome de mulheres que anseiam por ampliar suas realizações na vida. O limite não é mais a maternidade e família. Estende-se para a sociedade em inúmeros serviços profissionais, assistenciais e intelectuais sem perder na qualidade, a ternura e a sensibilidade que a alma feminina possui.
É tempestade ou brisa na força de Iansã. Amor e vida na beleza de Oxum. Maternidade e família na essência de Iemanjá. É intensa e profunda na interioridade de Nanã Buruquê. Nas iabás do panteão africano encontra o fortalecimento de sua identidade e de seu lugar.
Parabéns as mulheres umbandistas!
Mãe Márcia Moreira.
Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca – Taubaté SP