Atabaque é um instrumento de percussão afro-brasileiro, objeto sagrado na umbanda e no candomblé, cada qual a sua maneira. Ele é responsável pelas celebrações dessas religiões. Presente em todas as festividades da umbanda e em quase sua totalizada no candomblé, cada atabaque, é oferecido a um orixá dentro do terreiro afim de fortalecer a gira, o ogã que o toca e os médiuns que são atraídos pelo seu som e firmeza para concentração de sua incorporação.
Curimba, é um ponto de força dentro de um Terreiro de Umbanda. Sempre enaltece nossas giras, sendo de suma importância dentro do Terreiro. Quando a Umbanda foi fundada, não existia atabaques, apenas cantos e palmas tocavam o andamento da gira.
Com o advento do atabaque nas giras de umbanda, começamos a ter os tabaqueiros, pessoas nas quais tocam atabaque, cantam para entidades e orixás, mas que em algum momento da gira entraram em transe em suas divindades e santos.
Eu por ser rodante (pessoa que incorpora), vindo de uma doutrina umbandista, com santo feito em candomblé, aprendi em minha trajetória a respeitar esse cargo detentor de tanto saber e mística, assim como a auxiliar em canto como curimba de terreiro de umbanda, onde nada mais é que a pessoa que invoca as cantigas. Essa pratica pode ser unificada em uma única pessoa, que canta e toca, porem algumas pessoas concordaram comigo que tocar e cantar é cansativo, quando temos apoio de alguém para cantar é muito bom, quando os filhos da casa respondem as cantigas, fica melhor ainda, deixando a gira / toque, de uma firmeza e beleza ímpar, pouco visto hoje em dia.
Cantar e tocar para o Santo, entidade ou celebração, é agradável e prazeroso, sendo feito de coração. Cada cantiga representa uma história, seja de agradecimento, pedido e muito mais, mas isso fica para uma próxima vez.
Até breve,
Muito Axé a todos
EduS D´Oxum
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