Decreto foi publicado pelo prefeito Eduardo Paes no Diário Oficial do município desta terça. Terreiro do Estácio é o primeiro a ser cadastrado
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O Dia
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou que a umbanda agora é patrimônio cultural imaterial da cidade. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município desta terça-feira.
O decreto também determina o cadastro de todos os terreiros — local de prática da da religião — da cidade. O primeiro a ser cadastrado foi a Tenda Espírita Vovó Maria Conga de Aruanda, no Estácio.
Washington Fajardo, presidente do IRPH, disse que “esta chancela destaca a expressão cultural do sincretismo religioso” e que “os Terreiros são referências dentro dos bairros cariocas e valorizam a cultural de cada local”.
O reconhecimento foi realizado pela necessidade de políticas públicas de respeito à diversidade religiosa, além de lembrar a importância de reflexões sobre as religiões de matriz africanas.
O anúncio acontece justamente no mês de novembro, em que os umbandistas celebram o Dia da Umbanda (15/11).
Segundo o texto, o decreto visa a proteção da religião que nasceu no estado do Rio e mostra a necessidade da criação de políticas públicas de respeito à diversidade religiosa.
Vale lembrar que as religiões de origem e influência africana também são valorizadas no Cais do Valongo, redescoberto e aberto à exposição pública em 2012 na Região Portuária.
“Esta valorização da Umbanda abrirá uma linha de trabalho e pesquisa para aumentar o cadastro dos locais onde a religião é praticada”, completou Fajardo à reportagem do jornal O Globo.
Com isso, já são 54 bens imateriais no município do Rio de Janeiro. Além da Umbanda, a Bossa Nova, as Escolas de Samba, as Festas de Iemanjá, a tradicional Procissão de São Sebastião são alguns exemplos.
Para se tornar patrimônio cultural imaterial, são consideradas as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos e indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.