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Decanos: Zélio de Moraes
Decanos
Publicado em 15/11/2019

 

Assim nasceu nossa sagrada Umbanda...

No ano de 1908, no bairro de Neves, na cidade de São Gonçalo-RJ, aos dezessete anos de idade, Zélio começou a ter ataques, acordava durante a noite e se comportava de forma estranha, falava de forma desconexa e às vezes se comportava como se fosse um velho. 

 

Assim, a família o levou para ser examinado pelo Dr. Epaminondas, tio do rapaz e diretor de um sanatório, pois acreditavam que o menino estava ficando louco. Dr. Epaminondas disse à família: “Esse rapaz não tem nada que a medicina possa classificar, não tem nenhuma doença conhecida”. 

 

Desta forma, decidiram levar Zélio para ser tratado por um outro tio que era padre que o exorcizou cerca de três vezes e o devolveu à família dizendo que a igreja nada por ele poderia fazer. A mãe de Zélio resolveu levá-lo a uma rezadeira que incorporava o espírito de Tio Antônio e este disse que o

menino tinha uma missão, porém não especificou qual era esta.

 

No dia 15/11/1908, Zélio de Moraes foi levado a recém fundada Federação Espirita Brasileira, na cidade de Niterói, que na ocasião não tinha sede própria. Zélio chegou na casa espírita, sendo recebido na tradicional

mesa branca, com dores, dificuldade de andar e logo ao sentar fez a seguinte afirmação: “Está faltando uma flor aqui nesse lugar”, indo buscar no jardim externo, chamando a atenção dos dirigentes dos trabalhos.

 

Ao iniciar os trabalhos, os médiuns começaram a dar incorporação a espíritos de ex-escravos que logo foram convidados a se retirar, por serem considerados espíritos inferiores. Naquele momento, Zélio, questiona aos dirigentes: “Por que expulsam esses humildes?”. E um médium clarividente

percebe que ele está incorporado e o questiona: “E quem é você que faz essa pergunta?”. E Zélio incorporado responde: “Se é preciso que eu tenha um nome, me chame Caboclo das Sete Encruzilhadas”. 

 

Questionado pelo médium: “Eu estou lhe vendo em vestes clericais de um Europeu que provavelmente foi um sacerdote. Por que está dizendo que é

um Caboclo?” Ele responde: “O que vê são restos das minhas vestes e da

minha forma, de uma encarnação em que fui Frei Gabriel de Malagrida, mas nesse momento eu quero me manifestar apenas como um Caboclo brasileiro. Em uma encarnação eu fui índio; quero, então, ser visto como índio. Apenas um Caboclo brasileiro”

 

Sendo inquirido: “E o que quer você entre nós”, ele afirma: “Eu venho para trazer uma nova religião, a Umbanda. Uma religião em que todos serão aceitos: com aqueles que sabem mais iremos aprender. Aqueles que sabem menos, iremos ensinar. Essa religião se chamará Umbanda, a manifestação do espírito para a prática da caridade”

 

Salve Zélio Fernandino de Morais!Saravá Umbanda! 

 

Raio de Iansã

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